Sara Abalde mostra-nos um dispositivo transparente que tem lá dentro um circuito que quase parece uma pauta de música. É um objeto pequenino, talvez com menos de 10 centímetros de comprimento. E é um objeto que pode ajudar milhares de pessoas a serem mais rapidamente diagnosticadas em situações de cancro, seja para que o alívio chegue mais rápido, seja para que a solução de tratamento também seja mais depressa implementada. Basicamente, esse dispositivo recolhe 7,5 ml de sangue, a dose comum numa análise sanguínea, e em 45 minutos deteta se existem ou não células tumorais. Essa deteção permite controlar uma das vertentes mais complexas de um tumor que são as metásteses, permitindo à equipa médica implementar com rapidez os tratamentos.
“Somos uma equipa de cientistas do INL com formação em nanotecnologia e microfluídica que analisa como fluídos corporais, como o sangue, passam em canais muito pequeninos”, conta Sara Abalde. “Uma equipa que sabe de física, de química, de biologia, de nanotecnologia e agora também de gestão e negócio”.
Segundo a cientista, a eficácia da tecnologia desenvolvida pela Ruby Nanomed é oito vezes maior. E além disso, há o tema do acesso: a outra tecnologia, já aprovada pelas agências regulatórias, não está disponível em nenhum hospital em Portugal. Em Espanha, está em cinco, na Europa em 25”. O que significa que poucos pacientes podem efetivamente ter acesso.
O dispositivo criado pela Ruby Nanomed está atualmente em teste em vários hospitais, como Santa Maria em Lisboa, IPO no Porto e Hospital de Santiago. A equipa está também em conversações com hospitais nos Estados Unidos que querem fazer uma validação clínica.
Produzido sem ser em massa, o dispositivo custa 50 euros e, uma vez realizado o exame, fica num total de 500 euros. O que significa que, além da eficácia, também em termos de custo este pode ser um caminho promissor para a deteção e tratamento de metásteses. O custo do dispositivo poderá ainda ser mais baixo - o objetivo com produção em escala é que possa vir a custar não mais que 10 euros. “Em laboratório conseguimos prototipar 20 ou 30 por semana, se tivermos um parceiro podemos massificar e enviar a muito mais sítios para testes”.
Para já, a Ruby Nanomed tem investimento público de Portugal e da União Europeia e tem ganho vários concursos de inovação. Para seguir em frente, vai ser preciso mais, além da paciência: precisam de investimento privado ampliar e acelerar o processo de validação científica e os melhoramentos ou correções que daí possam surgir, que é o desafio que se segue.
Sara Abalde mostra-nos um dispositivo transparente que tem lá dentro um circuito que quase parece uma pauta de música. É um objeto pequenino, talvez com menos de 10 centímetros de comprimento. E é um objeto que pode ajudar milhares de pessoas a serem mais rapidamente diagnosticadas em situações de cancro, seja para que o alívio chegue mais rápido, seja para que a solução de tratamento também seja mais depressa implementada. Basicamente, esse dispositivo recolhe 7,5 ml de sangue, a dose comum numa análise sanguínea, e em 45 minutos deteta se existem ou não células tumorais. Essa deteção permite controlar uma das vertentes mais complexas de um tumor que são as metásteses, permitindo à equipa médica implementar com rapidez os tratamentos.
“Somos uma equipa de cientistas do INL com formação em nanotecnologia e microfluídica que analisa como fluídos corporais, como o sangue, passam em canais muito pequeninos”, conta Sara Abalde. “Uma equipa que sabe de física, de química, de biologia, de nanotecnologia e agora também de gestão e negócio”.
Segundo a cientista, a eficácia da tecnologia desenvolvida pela Ruby Nanomed é oito vezes maior. E além disso, há o tema do acesso: a outra tecnologia, já aprovada pelas agências regulatórias, não está disponível em nenhum hospital em Portugal. Em Espanha, está em cinco, na Europa em 25”. O que significa que poucos pacientes podem efetivamente ter acesso.
O dispositivo criado pela Ruby Nanomed está atualmente em teste em vários hospitais, como Santa Maria em Lisboa, IPO no Porto e Hospital de Santiago. A equipa está também em conversações com hospitais nos Estados Unidos que querem fazer uma validação clínica.
Produzido sem ser em massa, o dispositivo custa 50 euros e, uma vez realizado o exame, fica num total de 500 euros. O que significa que, além da eficácia, também em termos de custo este pode ser um caminho promissor para a deteção e tratamento de metásteses. O custo do dispositivo poderá ainda ser mais baixo – o objetivo com produção em escala é que possa vir a custar não mais que 10 euros. “Em laboratório conseguimos prototipar 20 ou 30 por semana, se tivermos um parceiro podemos massificar e enviar a muito mais sítios para testes”.
Para já, a Ruby Nanomed tem investimento público de Portugal e da União Europeia e tem ganho vários concursos de inovação. Para seguir em frente, vai ser preciso mais, além da paciência: precisam de investimento privado ampliar e acelerar o processo de validação científica e os melhoramentos ou correções que daí possam surgir, que é o desafio que se segue.